Número total de visualizações de páginas

quarta-feira, novembro 28, 2012

Receita de Casa

Receita de Casa

Uma casa deve ter varandas para sonhar,
cantos confortáveis para chorar,
salas bonitas para os amigos bem receber,
cantos para os segredos desabafar,
para as confidências, e para o bem amar.

Uma casa precisa um ninho ser,
pois o amor precisa de espaço pra crescer,
de alguns empurrões pra saltar e voar,
muita liberdade para querer ficar,
alguns espaços para conceber e procriar,
jardins para a alegria plantar.

Uma casa precisa de muito amor,
cuidados para não ter medo de alguém partir,
um pouco de ciúmes pra proteger,
amizade para o companheirismo perdurar,
o dom de sempre surpreender,
e enfeitiçar sempre para durar.

Uma casa precisa ser um bom e doce lar,
com muita cumplicidade a esbanjar,
união e somatório pra ter sempre o que dar,
família grande pra ter a vida sempre a se doar,
um grande amor - lógico - pra nos realizar."

Intertexto de “Receita de Casa” de Lia Luft
EcoCasa Portuguesa

E eu não sou cúmplice!!!!!!!!!!!!!


Gloria Oliveira16 de Junho de 2012 5:15
E eu não sou cúmplice!!!!!!!!!!!!!

Ver velhinhos a “chafurdar” em caixotes do lixo pela calada da noite, procurando algo para comer... DÓI!

Ver pessoas, jovens, de meia idade e cinquentões, querendo trabalhar e nada conseguirem... DÓI!

Assistir à criminalidade impune e gente de “bem” penalizada... DÓI!

............. mas continuem... impávidos e serenos....

Não divulgar é cumplicidade!

É preciso que se saiba que:

"... os portugueses comuns (os que têm trabalho) ganham cerca de metade (55%) do que se ganha na zona euro,

mas os nossos gestores recebem, em média:

- mais 32% do que os americanos;

- mais 22,5% do que os franceses;

- mais 55 % do que os finlandeses;

- mais 56,5% do que os suecos"

(dados de Manuel António Pina, Jornal de Notícias, 24/10/09)

E são estas "inteligências" (?) que chamam a nossa atenção afirmando:

"os portugueses gastam acima das suas possibilidades".

Glória Oliveira

terça-feira, novembro 27, 2012

O que o Amor tem de bom e de mau...

Amor não é se envolver com a pessoa perfeita,
» aquela dos nossos sonhos. ?

Não existem príncipes nem princesas.
? Encare a outra pessoa de forma sincera e real,
exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos.

O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme
» no melhor que podemos ser. ?

quarta-feira, novembro 21, 2012

Hoje vou iniciar "A Viagem"...

O MELHOR
Vai buscar o melhor que há em ti. Esses olhos, que falam com a expressão da alma. Vai buscar. Deixa saltar cá para fora a Deusa (o Deus) que és. Todos vocês são Deuses. Porque é que tentam escapar disso? Porque é que tentam esconder, manipular, mentir, seduzir, alcançar o que não é vosso? Vai buscar o melhor que há em ti.

Tens uma essência. Tens uma luz. Tens uma alma. Vibrar por aí vai fazer-te brilhar. Brilhar ainda mais. Vai buscar a tua lua, a tua vida inconsciente. Trá-la cá para fora, olha-a nos olhos e prescinde dela. Só aí vou conseguir tocar o teu coração. E este, ao sentir o meu toque, vai reagir. Vai abrir-se, vai sorrir, vai iluminar- se de alegria.

Mas tens de ter consciência e escolher ir buscar o melhor de ti. Deverá ser uma escolha diária, hora a hora, minuto a minuto, instante a instante. A cada circunstância, a cada rejeição, julgamento ou culpa, escolhe o melhor de ti. Chora o que tens de chorar, mas escolhe-te a ti. E vais ver que à conta de isto acontecer, a vida muda de frequência e as coisas começam a sorrir outra vez.


Jesus

terça-feira, novembro 13, 2012

domingo, novembro 04, 2012

sábado, novembro 03, 2012

...pedra "filosofal"...


...cada pedra que agora colocas no meu caminho servirá para mais tarde construir a "minha fortaleza"...


Pedra Filosofal
Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.

eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.

Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.

In Movimento Perpétuo, 1956

sexta-feira, novembro 02, 2012

...dizeres de Olhão...

Canita (um conto de «Porta-sim-Porta-não
____________________________________
Era uma manhã de Agosto ao largo da Ilha do Farol.



A minha mãe já não se sentia bem quando a traineira largou mas o mestre Pexinha levou-a ao colo.

- Hás de ter os meninos em cima do mar que são filhos da água.

Arfava desde manhãzinha cedo. Era o primeiro parto.

Ainda bebeu um golinho de leite mas depois, acossada pelas dores, foi deitar-se com a língua de fora e os olhos brilhantes.

- Tome lá conta da canita, mestre, que ela hoje não deixa vossemecê fazer nada. Enquanto não deitar esse pessoal todo cá para fora, não o deixa da mão.

E o mestre lá foi deitá-la sobre um cobertor à proa do barco, debaixo de um toldinho armado com duas murjonas e uns bocados de rede.

- Força, menina, força, tá toda deslaiada. Ajude aqui mestre João.

Mestre João era pai de sete filhos. Parteiro deles todos que o dinheiro não era avonde para a comadre.

- Ó mestre João, acuda aqui.

Juntaram-se os homens todos ao pé de minha mãe, em volta redonda. Mestre João afagou-lhe o ventre bojudo, pressionando-o levemente. – Magana, tens a rede pejada, chegou-te bem o Tá-Vive!

Pararam as máquinas e fundearam o barco. Os rostos agrestes de sol e vento suavizavam-se em feições de criança.

- Um trapo, mosse, chega-me aí um trapo desses, debaixo do banco do alvará. E uma pinguinha de água.

- Vá, menina, molha lá a boca, prantes, prantes, força, força..

- Aí vem um.

-Ah mãe, tá opada.

-Cá está ele. Ena que gordo, parece uma tainha.

Dali a pouco nasceu outro, tudo macho. O Charrão, depois o Zeca; o Ambaneta e o Albine foram logo um a seguir ao outro.

- Tas derrengada, menina. Tá quase, Vá lá, mais um bocadinho.

Faltavam-lhe as forças mas enchiam-na de coragem aquelas mãos puídas em roldanas e adriças. A veemência com que faziam um nó de brandal desfazia-se na brandura com que acarinhavam cada recém-nascido.

- Vá , mulher. Vá, mais uma pinguinha de água, vá..

Dali a um belo bocado nasceu a minha mana Carochinha mais o mê mano Patude e no limite do milagre nasci eu.

Com muito custo a minha mãe rompeu aquele saco que quase me sufocava.

- É outra canita mestre, é outra canita, mas esta vem muito enfezadinha, parece uma formiga ao pé dos irmãos. Só tem a orgadura.

Senti o sol a aquecer-me o corpo ensanguentado como se de uma outra placenta se tratasse e enchi os pulmões de ar.

Ai aquele ar, um ar grosso de maré-cheia ali no balanço da água.

A princípio não percebi bem se estaria a nascer ou a morrer. Senti-me entre o nada e o nada, chorei baixinho, um choro de poucas forças.

- Olhe a canita, tem um pé cá e um pé lá. É de pouco corpo, isto, calhando, morre.

Foi quando a mão do mestre Pexinha me ergueu no ar a caminho da camisola aberta – Isto aqui não morre ninguém – esbravejou.

Era veludo e algodão aquela mão grosseira.

- Menina, menina...

Voltei a encher-me daquele ar marinhoso e adormeci junto do seu peito crestado de sol.

- Qual morre, qual quê – E afagava-me. Aquela mão foi o meu berço, o meu amparo, o meu porto de abrigo.

- Cão seja eu se esta formiga não se fizer na campeôa da ninhada.

E Formiga fiquei de nome e, modéstia à parte, na campeôa me tornei. Um homem bom não se deixa ficar mal.

Com quatro semanas experimentei a água. Que bom, que bom. Deus lá sabia o que fez quando nos botou os pés de pato.

- Ah filha de uma magana, nada como um peixe.

Muita rede desensarilhei eu. - Vai Formiga, apanha Formiga – E salvei o Canhambana no mar de Marrocos. Cachão marfado e a suestada p’los focinhos.... mal podia respirar. Mas filei-o pelo cagote. Vinha todo roxo o desgraçado. Nesse dia até comi camarão. – Menina, linda menina.

Outra vez, no defeso, era, aí uns nove ou dez homens à redinha, dentro da ria, num mar encarnado de salmonetes e dois cabrões de dois marujos à esprêta.

- Mosse ó Pardal, começa a meter o pêxe no chalavar que já aí andam os chules.

Ah, bem dito, bem feito, chegande-mes a terra já lá estava o Capuche. O da guarda fiscal.

Armou-se logo ali um escabeche pois queria três quartos do pêxe p’ra ele. Os homens que não e ele que sim e quando vejo aquele encante de galapos no ar direito ao Carlites, não respondi por mim. Atenchei-lhe os dentes num pulso e por mais um pouco ficava-lhe com a mão na boca. Cabrão.

Tanta vida, tanta vida. Aqui na nossa ria mais Formosa do mundo, no nosso mar e em Marrocos, em Espanha, até no Guadiana. Ali levávamos com a enviada carregadinha de ovos e café, a vela à capa no meio do rio, à espera que viesse do outro lado o bote espanhol buscar a mercadoria.

Era perigoso mas, os homens tinham que levar o sustento para casa. Umas vezes safavam-se, mas noutras, era um dó ver a carga ser deitada ao mar para não serem presos. Cá por mim, preferia mil vezes vê-la ir ao fundo a caminho da barriga dos peixes, do que vê-la sair para dentro do bandulho dos enflaitados da Capitania.

- Joel, põe a canita no baraço antes que ela se marafe. Eles sabiam. Sabiam que cabrão de farda que alevantasse a voz dentro daquele barco...

Belos tempos. Nada me cansava, era o trabalho, a brincadêra a bordo com os moços, a minha parte sempre certa na caldeirada, até na fome, era sagrada a minha coida. O Telhude, ah o Telhude, também já lá está.

Agora? É estranha esta pergunta. Agora? Na minha vida não houve nunca tempo para interrogações. Era em frente. Comer, trabalhar, defender o que me parecia certo. Porquê este bem estar quando, sem forças, me pergunto, Agora?

- Ponha a canita ao sol, mestre.

O sol. Que brilho, Jesus, que brilho. Consigo vê-lo agora sem abrir os olhos. O mar, preia-baixa-mar? Mestre Pexinha agarra-me agora como no primeiro dia, escuto-lhe a voz ao longe, tão perto, no ambanico dos seus braços. Sinto de novo esta bolsa morna a afagar-me o corpo.

- Então, mestre, não chore, homem. A canita havia de lhe morrer um dia.



Já não ouço nada. Agora sou mar, o mar, o mar ao largo do Farol que me leva de volta ao outro lado, lá onde o vento e as gaivotas pastorejam as almas de todos os cães de água.

( julieta lima)

31/10 O DIA DA ESSÊNCIA

O DIA DA ESSÊNCIA 

Hoje é o dia da Essência. De brincares com
ela, de lhe dares atenção, de a levares a
sério. A nível evolutivo, o teu Eu Superior é
o mestre. É quem te pode ensinar. É quem
tem o teu plano de vida lá em cima, o plano
ao qual deves recorrer em caso de dúvida.
E, nesse caso, é o Eu Superior.

A nível de auto-estima, experiência terrena
e auto-realização, é a Essência a grande
senhora. É ela que sabe o que te vai fazer
feliz aí em baixo. Comos recursos aí de baixo.
Ela é quem tem o teu plano de vida aí em
baixo e é responsável por fazer com que tu o
cumpras da maneira mais criativa possível.
Criando um eu novo a cada dia. Ou, pelo
menos, rejuvenescendo-o a cada dia.

E hoje é o dia dela. Faz algo que desejas
fazer há muito tempo. Tem essa coragem.
Essa ousadia de correr atrás do que te faz
feliz. Vai. Faz isso. E oferece essa ousadia à
tua essência. Dá-lhe. Mostra o quão gostas e
confias nela. Conversa com ela. Pergunta-lhe
o que é que ela quer que vistas hoje, como
gostaria que penteasses o cabelo, e por aí
adiante.

Vais ver que essa bolinha branca no peito vai
começar a falar. A dizer o que quer e ao que
vem. Tira um dia só para estares com ela.
Dá-lhe prioridade na tua vida. E vais ver que
vais começar a dar força a uma das maiores
aliadas do céu na tarefa definitiva de te fazer
feliz.


Jesus