Dia da Espiga |
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- A Quinta-feira da Ascensão é uma festa religiosa católica. Há locais onde é mesmo um dia feriado.
Celebra a ascensão de Jesus ao Céu, depois de ter sido crucificado e de ter ressuscitado (A Ressurreição é o que a Páscoa celebra).
A história é esta: Quarenta dias depois da Ressurreição, Jesus apareceu pela última vez aos seus discípulos, em Jerusalém, e levou-os ao Monte das Oliveiras. Depois de lhes ter renovado a promessa do Espírito Santo, ergueu as mãos ao céu e abençoou-os. Nesse instante começou a elevar-se no ar e não tardou que uma nuvem o escondesse dos olhos deles. Como estes continuaram a olhar o céu, apareceram-lhes dois anjos a anunciar que Jesus voltaria do mesmo modo que o viram subir. Então os discípulos deixaram o Monte das Oliveiras e regressaram a Jerusalém.
- Este dia (a Ascensão) ocorre cerca de quarenta dias depois da Páscoa, e é sempre a uma quinta-feira.
- E, também, sempre nessa data, celebra-se o Dia da Espiga ou Quinta-feira da Espiga.
- Tradicionalmente, de manhã cedo, rapazes e raparigas vão para o campo apanhar a espiga e outras flores campestres.
Com elas, formam um ramo com: espigas de trigo, folhagem de oliveira, malmequeres e papoilas. O ramo pode também incluir centeio, cevada, aveia, margaridas, pampilhos, etc.
- Cada elemento simboliza um desejo:
- A espiga = que haja pão (isto é, que nunca falte comida, que haja abundância em cada lar) - O ramo de folhas de oliveira = que haja paz (lembra-te que a pomba da paz traz no bico um ramo de oliveira) e que nunca falte a luz (divina). (Dantes as pessoas alumiavam-se com lamparinas de azeite, e o azeite faz-se com as azeitonas, que são o fruto da oliveira.) - Flores (malmequeres, papoilas, etc.) = que haja alegria (simbolizada pela cor das flores - o malmequer ainda «traz» ouro e prata, a papoila «traz» amor e vida e o alecrim «traz» saúde e força)
- O ramo é guardado ao longo de um ano, até ao Dia de Espiga do ano seguinte, pendurado algures dentro de casa.
- Acredita-se que este costume, que surge mais no centro e sul de Portugal, nasceu de um antigo ritual cristão, que era uma bênção aos primeiros frutos.
- No entanto, por ter tanta ligação com a Natureza,pensa-se que vem bem mais de trás no tempo, talvez de antigas tradições pagãs associadas às festas da deusa Flora que aconteciam por esta altura e às quais se mantém ligada à tradição dos Maios e das Maias.
- Hoje em dia, nas grandes cidades, as pessoas já não vão colher o Ramo da Espiga (nem há onde...), mas há quem os venda, tendo-os colhido e atado, fazendo negócio com a tradição... E ajudando a preservá-la
AQUI FICA UMA SUGESTÃO Quinta-feira da Assunção ou Ascenção. celebra-se com um passeio matinal pelos campos, em que se colhe um ramo chamado Espiga composto por uma espiga de cevada, malmequeres, papoilas, alecrim, um raminho de oliveira e uma tranquinha de videira. Também se costuma guardar um” papo seco” de um ano para o outro para colocar sobre o nó que ata o raminho, para que nunca falte o pão. Depois o ramo coloca-se atrás da porta para abençoar a casa, e só se tira no proximo ano. De acordo com a tradição o ramo deve ser colocado por detrás da porta de entrada e só deve ser substituído por um novo no dia da espiga do ano seguinte. O dia da espiga é também o "dia da hora" e é considerado "o dia mais santo do ano", um dia em que supostamente não se devia trabalhar. Era chamado o dia da hora porque havia uma hora, ao meio-dia, em que em que tudo parava, "as águas dos ribeiros não correm, o leite não coalha, o pão não leveda, as folhas não se cruzam, nem o passarinho vai ao ninho ". Cada planta tem um simbolismo: Espiga - pão; Malmequer – ouro e prata; Papoila – amor e vida; Oliveira – azeite e paz; Videira – vinho e alegria; Alecrim – saúde e força.
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